Cora coralina
Ser ou fazer, eis a questão da
modernidade feminina
Por Vanderlei Testa
Cora Coralina
Circula
pelas redes sociais e, a amiga, presidente da Associação dos Dirigentes
Cristãos de Empresas-ADCE, de São Paulo, Gigi Cavalieri me enviou o vídeo em
que algumas mulheres refletem sobre o “Ser
ou Fazer”. Destaco essas duas palavrinhas mágicas da humanidade neste tempo
de modernidade. Logo de início uma senhora com seus cabelos brancos e um olhar
penetrante pela sabedoria que transmite diz: “ se eu fosse jovem agora, eu não tenho
certeza de como iria lidar”. Já a segunda depoente cita “com todas as coisas
que você têm, as oportunidades, a tecnologia, eu prefiro pensar que seria um
mundo de satisfação. E assim por diante, os depoimentos seguem no fazer e na
pressão que o mundo exige para ser a mãe perfeita, a esposa perfeita, a amiga
perfeita. Pressão para ser bem sucedida, uma chefe, uma líder. No Reino Unido,
sete em cada dez mulheres se sentem pressionada a ser a mulher perfeita. E vem
a grande sacada da voz da experiência com a frase: “ se eu estivesse em meus
tempos de juventude de novo, eu não criaria uma lista do que “fazer”, mas do
que não fazer”. Vejo neste vídeo que acaba com a valorização do significado de
ser mais gente em tudo. Amar mais, estar mais junto daqueles que fazem parte da
nossa vida, ser mais humano e não máquina de apertar teclados de smartphones. Viver
intensamente cada segundo, cada hora, cada dia.
A Gigi Cavalieri é uma das
empresárias que conheço que faz da vida uma realidade concreta de vivência solidária.
Ela irradia a energia do bem e traz com sua família o DNA de seus pais, os
quais tive a honra de conhecer. São os fundadores da ADCE no Brasil em 1950.
Maio é o mês dedicado às mulheres. Dia das Mães e mês consagrado pela religião
católica à mãe de Jesus, Maria. Há milhões ou bilhões de mulheres no mundo que
fazem a diferença com suas ações de afeto e caridade. Convivi com a dona Maria
Claro, que em vida só conquistou amigos. Uma mulher simples e meiga que na sua
existência de mais de 80 anos plantou o que chamamos de amor. Doou uma grande
área para a Creche que acabou levando o seu nome como homenagem e que abriga
dezenas de crianças especiais. Trabalhou
muito em toda a sua vida pelo próximo, desde tecendo enxovais aos bebês até
alimentando os famintos e desamparados. O ser também foi a meta da história da
madre Teresa de Calcutá. Da irmã Dulce, da Bahia, da incansável Edna no
Santuário de Santa Filomena, da Conceição na Comunidade do Divino Espírito
Santo. O ser é algo que nasce no espírito de quem vê no ser humano mais que um
corpo, roupa, nome, status social, dinheiro e profissão. A figura da mãe que
gera filhos, da mulher que não gera, mas acaba sendo materna nas suas atitudes,
sempre estará florida e com o perfume e singeleza do dom maior da vida. E
finalizo com a frase da Cora coralina: “recria tua vida sempre, sempre. Remove
pedras e planta roseiras e faz doce. Recomeça!”.
Foto: Gigi
Cavalieri
Vanderlei
Testa
Jornalista e
Publicitário
@artigosdovanderleitesta
Os artigos
de Vanderlei Testa são veiculados aos sábados no site www.jornalipanema.com.br
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