O Luiz Nequirito em uma tarde
de domingo com as filhas
Em
um domingo na tarde do final de abril fui até a “Real Boa Vista” buscar uns pães quentinhos para o cafezinho
com amigos e a família. Entrei na padaria e cumprimentei alguns amigos até
chegar ao balcão. Entre essas pessoas conhecidas, alguns estavam nas mesinhas
do corredor de acesso na área de lanchonete. O Nequirito com duas jovens em uma
mesa falou ao me passar por ele: “oi, Vanderlei!”. Respondi oi e segui adiante.
Nos minutos seguintes fiquei buscando na memória a imagem desse amigo de juventude
que não o via pessoalmente há muitos anos. Depois de ter os pãezinhos
quentinhos embalados nas mãos, retornei pelo mesmo caminho para conversar com
ele. Logo que cheguei à mesa foi me perguntado: “ lembra de mim”. Sou o Luiz
Antonio Nequirito e elas são as minhas filhas, Caroline e Carine. Tudo bem com
você! Perguntou! Acompanho seu trabalho na imprensa e na Rede Vida há anos.
Pronto, tudo estava ficando claro na minha memória e o amigo de décadas reviveu
nas lembranças da nossa amizade, no Banco Meridional onde ele trabalhou na
escola OSE onde estudamos quando jovens, no Recreativo central e no Ginásio
Municipal de Esportes com a turma do basquete sorocabano. Nequirito orgulhoso
das filhas falou que elas trabalhavam em São Paulo como produtoras de programas
na televisão. Como nossas profissões são semelhantes na comunicação conversamos
sobre essas atividades e o tempo passou rápido. Trocamos números de telefone
para seguir a conversa via WhatsApp. E assim foi o que aconteceu. Pela rede
social conheci as atuais funções do Nequirito em um negócio de loja de
equipamentos eletrônicos em um edifício no centro de Sorocaba e das filhas na Rede
TV, Caroline como repórter e Carine produtora na TV Record. Realmente a amizade
e vida partilhada abrem horizontes de conhecimento humano. Viajei no tempo com
as fotos e textos que lia da família do amigo Nick distante no encontro diário,
mas que o dia de uma tarde de domingo em abril na padaria proporcionou. Luiz
Nequirito era fã de automobilismo, em especial da Mc Laren na Fórmula1. Curtia
muito futebol e o São Bento. Era também
torcedor do São Paulo. No dia 25 de abril deste ano foi comemorar com os amigos
no “Bar do Sabugo”. Tinha mais de dois mil seguidores na rede social. Um alegre
companheiro do Francisco Moko Yabiku, Gustavo Scherepel, Ario José Brandão,
Antonio Tabajara Dias. E foi um mês depois do nosso encontro na padaria que
recebi no encerrar do mês de maio, a triste notícia da partida sem volta do
Nequirito anunciada pelo Tabajara. Sua despedida deste mundo pegou a todos de
surpresa. Uma pegadinha verdadeira nos seus 71 anos de vida. A saudade dos
amigos apareceu de imediato nas mensagens que a família recebeu através das
páginas na rede social das filhas Caroline e Carine. Estava com o nome do Luiz
Antonio Niquerito na minha lista a ser homenageada nesta coluna de artigos. Não
deu tempo de fazê-lo em vida. Desisti de ir ao velório para não mudar aquela
imagem bonita dele com as filhas, todos felizes naquela mesa com o cheirinho e
fumacinha do pão onde os reencontrei. Sei que a vida continua e que há um lugar
preparado no paraíso aos que fazem de sua existência uma luz a ser ascendida
junto ao Criador. O “NICK” como era chamado seguiu o caminho abençoado dos
justos. Luiz Antonio Nequirito era casado com a Maria Aparecida Carrea
Nequirito, “Cida”, e no dia da sua partida em 23 de maio de 2019, completaria
39 anos de matrimônio. Um casal abençoado no altar em 1980 que teve nessa mesma
data da despedida aqui na Terra, 23 de maio de 2019, uma aliança de amor gerada
no perdão e união de sentimentos para a eternidade ser vivida como uma linda
história de família com a Caroline e Carine. “O espírito de cada um de nós
permanece nas memórias sagradas”, diz uma passagem bíblica. (Jo,5-11).
Foto:
Luiz e as filhas Caroline e Carine
Vanderlei
Testa
Jornalista
e Publicitário
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