João Leão Dehon


A inspiração de João Leão Dehon 

O João Leão Dehon viveu em um momento da história na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) escutando o som das bombas e sofrendo com as consequências dessa tragédia humana. A ambição humana e a gana do poder esmaga as consciências de pessoas nascidas com o dom maior do amor. A experiência dos 35 anos de idade do Dehon o levou a seguir a vocação religiosa como sacerdote e, posteriormente, com sua sabedoria divina à fundar a Congregação que tinha como foco a devoção ao Coração de Jesus. Nasciam os Dehonianos presentes no mundo com essa nobre missão que segue firme até este século 21 da “reparação” pelos crimes da humanidade nas guerras. Lendo a obra desse padre francês em seus 82 anos de idade ( 1843-1925), onde relata com detalhes no Diretório Espiritual a fundação da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus-SCJ .Entendi um pouco do que estamos passando com as investidas dos Estados Unidos nesta verdadeira guerra contra o Irã, que vem amedrontando o mundo nas consequências já evidentes, como o petróleo e saída das pessoas do país.



Em Sorocaba, como em qualquer parte da humanidade, também podemos, sem perceber, lançar bombas de injustiças, fofocas, ciúmes, invejas, contra outras pessoas inocentes. Apesar de não usarmos fardas ou equipamentos militares, entramos na linha de frente da batalha para destruir quem nos incomoda. Se pensarmos um pouco no ambiente de trabalho, quantos exemplos nós encontramos nas disputas por cargos e poder. O recente episódio do presidente de uma multinacional que fugiu do Japão, com salários altíssimos e benefícios significativos para pouquíssima gente no mundo não foram suficientes para manter o executivo numa posição profissional. O custo da “guerra” interior que o ser humano trava consigo mesmo na ganância do dinheiro leva a inteligência humana a perder o senso critico. Estamos começando 2020 e na simplicidade de nossas agendas com compromissos rotineiros, também podemos ser surpreendidos com momentos de impulsividade para o mal. Precisamos estar atentos. No livro do padre João Dehon ele alerta os vocacionados na sua congregação para usarem da sabedoria e sempre terem um conselheiro espiritual para se orientarem nos momentos de incertezas. Assim também deveríamos fazer como filhos, irmãos, pais, avós, amigos ou outra particularidade familiar ou profissional. Buscar conselhos e orientação quanto estamos prestes a cometer um erro que certamente levará a sentimentos de culpa acaba por nos livrar da tentação do agir mal. As redes sociais e o impulso nas respostas e comentários que fazemos sem pensar é um exemplo típico. Alguém publica um fato e logo em seguida aparecem centenas de comentários negativos, destruindo muitas vezes a moral da pessoa, empresa ou família. Quantos casos de racismo, ideologias, credos religiosos, posições culturais e ecológicas, são debatidas sem que nunca tivéssemos contato com o fato. A rede dos que produzem guerras com  notícias falsas “fake news” trabalha 24 horas por dia para destruir e matar quem comprar a ideia lançada. Recentemente recebi muitas publicações falsas contra uma cervejaria tradicional no Brasil que parecia um bombardeio de mísseis ao inimigo. Escrevo este artigo com o objetivo de levar à reflexão as atitudes sadias que devemos ter em 2020. Um ótimo ano a todos! Ah! É também uma homenagem aos 100 anos de Espiritualidade Dehoniana a ser celebrada em 26 de novembro de 2022. No Brasil foi iniciada em Taubaté. SP.

Vanderlei Testa jornalista e publicitário escreve aos sábados no www.facebook.com/artigosdovanderleitesta e www.jornalipanema.com.br/opiniões e www.blogvanderleitesta.com



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