Uma história de paixão pela Itália e educação: Aurete e Jorge
Aurete e Jorge Brum
Foto: Grupo de amigos na Europa com Aurete e Jorge (final da mesa à esquerda)
A menina gaúcha sonhava em ser professora. Era uma
criança ativa. Lia qualquer coisa quando começou aprender as primeiras sílabas.
Mamãe e papai olhavam com orgulho pra menina Auretinha. Ela dava sinais de
sabedoria precoce aos sete anos. Olhar atento em tudo a sua frente, nada
passava desapercebido na convivência familiar e junto das amiguinhas. Queria
aprender. Na primeira escolinha do bairro no interior do Rio Grande do Sul,
onde morava a professora, foi uma princesa descoberta pra Auretinha. Ela
ensinava o bê a bá e a filha de italianos , a menina Auretinha, foi tocada na
vida como uma lição inesquecível de conhecimento. Sua cabecinha sonhava longe.
Um dia vou ser como ela, minha “ fessora”. O pro inicial não saiu e a
professora ouviu aquela voz delicada sonhar.
Nas idas à escolinha a menina de cabelos longos,
castanhos, seguia como se fosse a um castelo. Tanta era a sua vontade de
aprender. Sem os instrumentos atuais de tecnologia, como celular, tablet ou
computador, ninguém da classe perdia tempo com essas atrações infantis. O livro
e caderno com lápis colorido, borracha e apontador faziam a festa da garotada
e, em especial da apaixonada pela região do Veneto onde ouvia falar através dos
nonos italianos.
Assim a Aurete foi ganhando estatura e conhecimento.
Estudou muito e galgando os passos do ensino chegou a faculdade. Ela dizia
sempre que desejava mais. Novas amigas, amigos e troca de olhares. Um dia
apareceu o Jorge na sua vida. Moço inteligente e trabalhador. Pensava em ser
bancário do Banco do Brasil. Juntava aí os sentimentos do amor humano com a
emoção do encontro. Veio o namoro e noivado. Com o empurrão dos amigos e a
vontade do Jorge em criar laços definitivos, os gaúchos que já adoravam viajar,
embarcaram nessa conjugalidade. O destino os levou a morar em Brasília, pra
onde mudaram após a nomeação do Jorge. Grandes transformações de vida. Tudo
diferente do Sul. A capital atraiu e mobilizou anos de vida de trabalho. Um
dia, porém Aurete e Jorge Brum deram um salto de aposentadoria e retornaram a
tradicional cidadezinha gaúcha. Hoje moram em um apartamento ajeitado para os
dois viverem em paz, assistindo dezenas de DVDs de cidades da Europa e do mundo
por ponde passaram. A Eurte com sua câmera fotográfica registrando todos os
detalhes auxilia nas projeções em que as fotos acabam como as estrelas de
cinema. E pra ajudar nessa fantasia de lembranças ainda tem as imagens
artísticas dos imãs de geladeira que ocupam as portas e laterais da histórica
branquinha produzida no Sul.
Como um dia pela providência divina estivemos juntos na
Europa acabei de conhecer e saber um pouquinho dessa história que relato. Um
casal alegre, feliz, repleto de generosidade e bom humor. E lá distante de
Sorocaba.sp este artigo especial pra quem diz que é emocionante e motivador ler
estes relatos, testemunho o que pensei agora em cinco minutos de inspiração. E
tá no blog pra quem quiser ler essa história de paixão pela educação, Itália,
vida e família.
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