“O
que eu quero”: palavras do Dani Sartori
Nos meus artigos relato as emoções e sentimentos das
pessoas com quem tive o privilégio de estar algum dia em sua vida. Desta vez,
vou escrever no meu espaço, um depoimento do meu afilhado de Crisma e que
acompanho a sua vida desde os primeiros dias da sua infância. Daniel Sartori é
uma luz na vida da comunidade do Divino Espírito Santo, do Jardim Saira. Na
escola e onde frequenta sempre faz a diferença com a sua história de vida e
comportamento exemplar para um jovem de apenas 18 anos de idade. É ele quem diz:
“Aos meus 12 anos, ouvi a seguinte pergunta, uma pergunta que certamente
mudaria minha vida, no começo, não fazia ideia do quão importante essa pergunta
seria o propósito dela na minha vida, hoje com 18 anos, isso começou a clarear
na minha mente, hoje posso dizer que tenho a resposta para ela”.
“O QUE EU QUERO?”
A resposta para essa
pergunta é de fato, algo que eu demorei seis anos para entender e saber a
resposta, uma resposta que somente eu teria, a resposta que só eu e Deus
julgaria ser certa ou não. Hoje é terça-feira, dia 18 de fevereiro de 2020, são
exatamente 00:25h, quero que fique registrado essa data e essa hora, pois é um
marco importante na história da minha vida, é algo que quero compartilhar com
todos que fizeram e fazem parte da minha vida.
Considero isso um tesouro,
não só para mim, mas também para todos que vão ler essa minha descoberta que,
de um lado pode ser bom e também ruim para uns e para outros, isso como eu
disse antes, que sabe a resposta certa, são apenas duas únicas pessoas.
Podemos começar? Acho que
sim, afinal, se está lendo isso é porque é alguém digno e que com toda certeza
tem meu amor e carinho.
Já faz algum tempo que ando
pensando nesse assunto, nessa questão, nesse dilema que levo comigo, e só de
pensar nessa pergunta, a resposta fica na ponta da língua, porém, sempre achei
mais fácil escrever do que eu mesmo falar. Prometo que serei o mais direto e
claro possível, para que você que está lendo possa entender.
“O QUE EU QUERO?”
Bom, o que eu quero? O que
eu quero, eu chamaria de sentimento, viver, sentir e desfrutar das coisas que
sonho um dia em obter. Serei claro, como havia prometido.
Quero ser um ser humano como
ninguém jamais viu na vida, quero ser forte física e espiritualmente falando,
quero ser o humano que junta às famílias separadas, o humano que luta pela
causa humana e animal, mas não lutar por um menos que o outro, muito pelo
contrário, quero lutar e proteger igualmente os dois lados, quero tornar
realidade minha visão e imaginação, ao ver pela primeira vez dois morros que
estão ligados, e juntos formam um portal, uma passagem para o desconhecido,
quero ser o humano que criou o seu paraíso particular e poder vê-lo
pessoalmente e não apenas quando fecho meus olhos, quero ser o humano que acabe
com as discussões sem objetivo algum para o futuro, quero ser o humano que
traga paz e sorriso apenas com a minha presença, o humano que apenas com um
abraço, consiga amenizar qualquer dor, quero ser aquele Daniel, que prometeu
para si mesmo, nadar até uma pequena ilhazinha, enfrentando as ondas do mar,
apenas com seu corpo, quero ser o humano que traga amor aos corações cinzentos,
alguém que traga alimento, água e alegria aos menos afortunados o humano que
tirará as drogas das mãos dos que julgam ser necessário e trocá-las por uma
chance de mudar a vida delas.
Quero ser o humano que trará
alegria a minha família, orgulho aos meus pais e união até meus irmãos e irmãs,
quero ser o humano com uma vasta coleção de antiguidades, desde a primeira
moeda até a última espada empunhada por bravos e leais soldados. Quero ser o
humano que sem hesitar perfuraria seu corpo com agulhas e doaria meu sangue
para aqueles que mais necessitam, o humano que compartilha o salgado com um
estranho morador ou um cão de rua, o humano que eu vejo em um futuro próximo,
mostrar ao mundo que não ligo com pombos ao meu redor, muito pelo contrário,
sou o humano que com prazer os alimenta e os acolhe, pois eu os vejo como a ave
que Noé usou para descobrir se havia terra para abrigar sua família e os animais.
Quero ser o humano que sente a paz das águas, mesmo estando em um dia chuvoso,
o humano que acaricia até mesmo as plantas mais venenosas, quero ser o humano
que acalme e brinca até mesmo com os animais mais perigosos do mundo, que
acolhe de braços abertos, desde um ladrão até o assassino mais cruel com o
coração arrependido.
Enfim, acho que consegui
mostrar a você leitor, através dessa carta, o que eu quero. Espero que leia e
passe adiante e claro, reflita. “Deixo essa escrita, essa minha descoberta, a
todos que conheci e conheço, e se chegou até aqui, é porque sempre você estará
comigo no meu coração”.
Daniel é filho de Loriz
Aparecida Sartori da Silva e Antonio Carlos Bicudo Silva e uma benção em nossa
vida de padrinhos e da comunidade da paróquia NS Medianeira.
Vanderlei Testa jornalista e
publicitário escreve aos sábados no www.facebook.com/artigosdovanderleitesta e www.blogdovanderleitesta.com e www.jornalipanema.com.br/opiniões
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