Vista geral do bairro |
Grupo
do Além Ponte revive histórias do bairro em quarentena
Moradores e ex-moradores do bairro Além Ponte decidiram
criar um grupo do facebook com o nome “Além Ponte Sorocaba”. Entrei e fui logo
escrevendo: berço da história da minha vida. Orgulho de ser Senador Vergueiro.
Rua Santa Maria. Igreja do Bom Jesus, feira livre, ginásio de esportes, São
Bento, Parque Quinzinho de Barros, Bar do Melo, Cine Eldorado, Clube Avaí. Dito
Barbeiro, Casa Mathiazzi com os irmãos Olympio, Cido eToninho em suas três
lojas. Loja Dini de material de construção e Madeireira Dini da Péricles Pilar.
Zé alfaiate. quem fez meu terno de casamento, alfaiataria do Pozzo, alfaiataria
do Esquierdo, sapataria do Luiz Gomes, Marmoraria Internacional, Farmácia do
Rogério, Armazém do Antonio Asseituno, Bar do Cassola, Theodoro calçados. Consultório
do Gualberto Moreira na rua Santa Maria. E, em poucas horas do dia dois de
abril, em plena quarentena, os antigos moradores foram chegando com suas
lembranças, mapeando o bairro em 360 graus.
Família Luiz Gomes |
Ademir Piqueira postou uma foto antiga do Cine Eldorado.
Jefferson Gomes, completou dizendo que era um “pulgueiro” e escreveu: “a gente
tirava o ferro das cadeiras e o pessoal caia”. Selma Fontolan disse: “o tempo
que eu assistia Marisol, os filmes de Sarita Montiel, essa é jurássica”. Sonia Maria Rondello também ia ver esses
filmes. Cesar Gomes recordou a loja e a sapataria do seu pai Luiz, a pioneira
em consertar sapatos. E o Antonio Carlos
Sartorelli postou uma foto da Ata de Fundação da Escola Senador Vergueiro, do
acervo do saudoso médico Gal Moreira Dini.
O Ademir Stange sugeriu a criação de um livro com essas histórias ese
lembrou da marmoraria que existia com o nome Internacional. Selma Fontolan acrescentou
o seu primeiro emprego com registro na Theodoro Calçados, no início da rua
Nogueira Padilha. E até do seu avô Antonio Giron que era sapateiro em ajustes
aos clientes da loja. Marcos Sola se lembrou do Salão70, Armazém dos Rosas,
Foto Reche, Foto Vieira, Bar do Pedro, Armazém do Miguel Maldonado. A Tiana
Santos foi buscar na memória a Loja do Manézinho da esquina da rua Rui Barbosa
com a Nogueira Padilha. A Odila Barros era da época da Barbearia do Polido e a
Angelina Dib da Loja Ali Babá, do seu Jorge, em frente ao Cine Eldorado. A
Creusa Machado citou a Mercearia Galves, do Pedrinho. Moradora da rua Quinzinho
de Barros, Sonia Maria lembrou da Leda Salum, a Roselini Jacob e o Cid dos
doces que acabou virando me da loja, e o Zito. Família Bagatim lembrada com
muitos membros no bairro, como o Ericson Bagatim, jogador do São Bento que foi
estudar medicina e hoje é médico em Jundiaí. Neusa Barone gostava de frequentar
o Supermercado Vem-Ká. E a Valéria Espírito Santo ficou emocionada ao ler que
lembraram do pai dela, o alfaiate Pozzo. E até tourada havia no bairro, segundo
o Jefferson Gomes. A Quitanda do Bartolo ao lado da Igreja do Bom Jesus foi
unanimidade. A Família dos Bovino vendia peixes nas casas.
Açougue do Sola,
uma tradição no bairro. Alfaiataria do
Celso Pinheiro e do Leuvigildo Gonzales. E as primeiras televisões em preto e
branco eram levadas na oficina eletrônica do Sidnei Belmonte, ao lado da Casa do
Olympio Mathiazzi, Tem também a Eletrônica Colorama que era do Francisco
Sanches, (tio do Sartorelli) e do Darci Zamboni. Bar do Koyu vizinho do
Eldorado aos sábados enchia de gente. Mais atual a Churrascaria O Laçador,
disse Carlos Peixoto. Lincoln Bagatim se lembrou da rua Newton Prado, do Mario
e da Joaninha, com serviços de confecção de ternos. Um dos locais preferidos
dos atletas do ginásio de esportes era o Bar do Pirata, disse Cesar Gomes. O
Reinaldo informou que o seu querido irmão Mário Piccini é o dentista na
Nogueira Padilha, Casa Mathias, Bar do Menon, Papelaria do Zé Gâmbaro, Avícola
Vecina e Vidraçaria do Piaya, grudada no portão de acesso ao campo Humberto
Reale. Padaria Ciarella, Fusco Alfaiate
lembrou a Maria Elisa Castilho, Bar Gruta Eldorado, citado pelo Ivan Robson.
Piolim vendendo pastéis na saída das missas do Bom Jesus, lembrado com emoção
pela Marlene Medina.
Loja do Esquerdo |
Tem a Farmácia do Armínio, que foi prefeito de Sorocaba.
Farmácia do Poveda tem que entrar na lista relatou a Iolanda Araújo Lopes. Cleide Caballero gostava de tomar sorvete na
sorveteria do Nico. Armazém do Jacinto e Belchior na Nogueira Padilha. Valter
Pólice, meu vizinho da rua Santa Maria recorda que pedia ao meu pai em suas
idas a São Paulo, para comprar bilhetes de loteria. Zé Menino cabelereiro e seu
começo de vida cortando cabelos dos operários da Santa Maria. Padaria do
Gonçalo, Alfaiataria do Pasqualini, Bar Sete Estrelas, Posto Pai Herói,
Unibanco com sua primeira agência no bairro Além Ponte. Banco Moreira Sales
começou e depois passou ao Unibanco, lembra Douglas Cumpian. O falecido
Theodoro Mendes era quem atendia no balcão. Paulo Canineu o gerente do Banco e
morava no segundo andar. A Teresa
Barroso foi logo dizendo, lembram do seu Durvalino, sapateiro e irmão João.
Luiz Delpy cobrou do grupo os nomes dos primeiros dentistas do bairro. E
completei o nome dos dois que moravam vizinho da minha casa no 107 da rua Santa
Maria. O Rui Coelho de Oliveira e o seu filho Gui Coelho. Bar Maracanã, Loja do
Carlos Turcão e Armazém do SESI. O Silvio e a sua mulher Antônia Galvão
feirantes de frutas e verduras. A Alessandra Raimundo se lembrou da Pizzaria do
Esquerdo, Dorinha o Papai Noel, Sesi 023, da Bocha. Bar do Gênova, Chico
verdureiro. Ritinha, jogadora de basquete da seleção sorocabana, Neide Sages,
Moreto, Toninho da Livraria Gutierres, Joaquim e dona Ida Prestes de Barros e
família de Emerenciano Prestes de Barros. Tabajara, jogador de basquete. João
Petrucelli, com o primeiro bar da rua Santa Maria, que ia buscar gelo na Cianê
com carrinho de mão para colocar em uma caixa e gelar as bebidas. Loja Thomaz e
advogado Ivo Gâmbaro na Nogueira Padilha.
Remonsa tem que entrar diz Nivaldo
Hatencia. Sapataria do Nilo onde tive o meu primeiro emprego para olhar a porta
da loja, com os meus 12 anos de idade. Lavanderia do Jorge japonês. Loja do
Esquerdo na esquina da rua Santa Maria. Josefina Coló emocionada até se esqueceu de colocar os óculos na hora de
digitar, mas lembrou do Edson Bolinha e de sua família do Alcides Dias
trabalhando no bairro e começando a vida com muita garra. Antonio Jarra e sua
filha Jane comerciante e amiga até hoje. Sergio Martins com sapataria ao lado da
loja de roupas do Nagib e suas filhas completam este artigo de mil e oitenta
palavras. E lembrem: fiquem em casa e continuem mandando suas lembranças do
Bairro Além Ponte, que tem na Fábrica de Tecidos Santa Maria, um ícone eterno
na família do Paschoal Pólice. E vem mais por aí!
Vanderlei Testa jornalista e publicitário escreve aos
sábados no www.jornalipanema.com.br/opiniões e www.facebook.com/artigodovanderleitesta e www.blogdovanderleitesta.com
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