O adeus do Edy,
Páscoa e Vicente
Impossível não
dedicar algumas palavras a três pessoas queridas chamadas ao paraíso nesta
semana. Na segunda-feira (27), tia Páscoa, na quarta-feira, o Edy e na
quinta-feira, o Vicente. A primeira a ser chamada por Deus foi à tia Páscoa
Macari Grisoto. Uma linda mulher de alma pura que me acompanhou desde o meu
nascimento. Eu passava as férias em sua
casa em Piracicaba. Junto dos meus primos, era o melhor presente na minha
juventude. A tão bela presença amorosa e
acolhedora da Páscoa ficou eternizada na lembrança. Os seus 96 anos de vida
foram uma benção divina testemunharam os filhos e netos na sua despedida. Se eu
pudesse colocar estrelinhas brilhando na sua partida até chegar ao céu,
certamente teria feito. Eu a acompanharia com a luz brilhante que imanou do seu
ser por ter sido tão fiel à Maria, Nossa Senhora. Páscoa, esposa, mãe, avó, tia, sogra, amada
por todos, recebeu em vida o melhor presente de seus familiares, com todos eles
sempre ao seu lado. Como anjos, seus
filhos Amauri, Avari, Idames, Iule, Ione e Maria, cuidaram dela às 24 horas do dia. Foi em paz
como o seu próprio nome escolhido por ter nascido no dia da Páscoa, nos ensina
que é a passagem.
Na quarta-feira (29) um amigo, também fez bater forte o meu
coração. Era a partida do Edy Antonio Casagrande. Fomos amigos há mais de 40
anos e convivemos nesse tempo muito de perto. Quinze anos trabalhando juntos na
mesma empresa e outros tantos até sua inesperada despedida deste mundo em
movimentos cristãos. Edy marcou em nossa amizade uma admiração que me fez na
década de 80 a inscrevê-lo como candidato entre mais de dois mil colaboradores
ao título de Operário Padrão da Siderúrgica NS Aparecida. Ele conquistou o título de Operário Padrão de
Sorocaba em condecoração do SESI. Eva e Edy receberam na sede do Ciesp em São
Paulo e dos amigos da siderúrgica uma linda homenagem. Em nossos encontros do Movimento das Equipes
de Nossa Senhora, em mais de 30 anos de convivência em reuniões, encontros
retiros com sua equipe. Testemunhei a alegria, o jeitão caloroso de um ser
humano incrível. Essa certeza da vida do Edy foi manifestada em centenas de
mensagens de afeto e gratidão por sua existência em seus 73 anos de vida. Na
sexta-feira (31) os amigos e a comunidade da Paróquia NS Medianeira, prestaram
uma homenagem emocionante no trajeto até o sepultamento. O padre Washington fez
a oração na entrada da igreja e colocou uma bandeira da comunidade sobre o seu caixão,
com as emoções de salvas de palmas e o som das buzinas dos carros estacionados
ao redor da igreja.
E na quinta-feira (30) chegou a triste notícia do Vicente
Zambon da cidade de Saltinho na região de Piracicaba. Vicente e seus irmãos,
filhos da tia Henriqueta e João Zambon foram meus primos companheiros de
jornadas na Usina Santa Helena. Vicente era o apaixonado por mecânica e cuidava
dos tratores e caminhões que transportavam a cana de açúcar. Aquele casarão da
fazenda com galinhas correndo para todo lado até que uma fosse apanhada para o
almoço ficou na lembrança dos meus 14 anos de idade. Nossa vida tão limitada em tempo e espaço vai
deixando para trás àqueles que amamos em família. Como água que escorre pelos
dedos das mãos, a vida segue neste tempo difícil da pandemia a nos desafiar em
perdas humanas, sangue de nosso sangue. Vicente foi um marido, pai e irmão maravilhoso
como me disse sua irmã Darci Zambon. O
Vicente arrebanhou para si a amizade de todos que tiveram a alegria de conviver
com ele em seus 90 anos de idade.
Ficou a saudade da tia Páscoa, do Edy e do Vicente. Também
os ensinamentos dessas três pessoas maravilhosas, cada uma com sua história. Lá no céu eles serão iguais aos outros filhos
do Criador, o Pai amoroso e misericordioso que acolhe aqueles que o seguiram e praticaram
os seus ensinamentos e mandamentos de amor ao próximo.
Vanderlei Testa escreve aos sábados no www.jornalipanema.com.br e no www.blogvanderleitesta.com e
www.facebook.com/artigosdovanderleitesta
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