Têm tantos nomes com José no planeta Terra que daria para
preencher centenas de livros com suas biografias. O José da Maria, desta vez,
ganhou do Papa Francisco nesta semana um Ano Dedicado a ele, de 8 de dezembro
de 2020 a 8 de dezembro de 2021.
São José, carpinteiro e empreendedor no segmento da madeira
há 2033 anos, desde quando seu filho Jesus nasceu, é considerado modelo e exemplo na Sagrada
Família.
Tenho José no meu nome e me orgulho disso. O significado de
José no hebraico é aquele que acrescenta.
Pensando aqui com os meus botões numa manhã de sexta-feira, 11 de dezembro de
2020, fico imaginando a graça recebida através da sua esposa Maria, uma jovem
de Nazaré. Imagine quando viu um anjo anunciar a sua missão de escolhida para
ser mãe do Menino Jesus. Ele, que no próximo dia 25, tem no mundo cristão a
celebração do seu nascimento. José e Maria na manjedoura tiveram a graça de
estar com o bebê Jesus iniciando aí a história que descrevemos no tempo do
mundo, Antes e Depois de Cristo. O Natal de São José.
Para celebrar
os 150 anos da declaração de São José, esposo de Maria como Padroeiro da Igreja
Católica, o Papa Francisco convoca o "Ano de São José" com a Carta
apostólica “Patris corde – Com coração de Pai”. Pai amado, pai na ternura, na
obediência e no acolhimento; pai com coragem criativa, trabalhador, sempre na
sombra: com estas palavras, o Papa Francisco descreve São José.
Com o decreto Quemadmodum Deus, assinado em 8 de dezembro de
1870, o Beato Pio IX quis dar um título a São José. Para celebrar esta data, o
Pontífice Francisco convocou um “Ano” especial dedicado a São José.
Protagonismo
sem paralelo
Conforme divulgou a assessoria do Vaticano, a Carta Apostólica
traz os sinais da pandemia da Covid-19, que – escreve Francisco – nos fez
compreender a importância das pessoas comuns, aquelas que, distantes dos
holofotes, exercitam todos os dias paciência e infundem esperança, semeando
corresponsabilidade. Justamente como São José, “o homem que passa despercebido,
o homem da presença cotidiana discreta e escondida”.
E mesmo assim, o seu é “um protagonismo sem paralelo na
história da salvação”. Com efeito, São José expressou concretamente a sua
paternidade ao ter convertido a sua vocação humana “na oblação sobre-humana de
si mesmo ao serviço do Messias”. E por isto ele “foi sempre muito amado pelo
povo cristão”
Nele, “Jesus viu a ternura de Deus”, que “nos faz aceitar a
nossa fraqueza”, através da qual se realiza a maior parte dos desígnios
divinos. Deus, de fato, “não nos condena, mas nos acolhe, nos abraça, nos
ampara e nos perdoa” (2). José é pai também na obediência a Deus: com o seu
‘fiat’, salva Maria e Jesus e ensina a seu Filho a “fazer a vontade do Pai”,
cooperando “ao grande mistério da Redenção” .
Vanderlei Testa jornalista e publicitário escreve aos
sábados no www.jornalipanema.com.br/opinioes
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