Tributo
a José Roberto Ercolin
Por
Vanderlei Testa
É como ele estivesse vivo no
meio de nós. Uma prosa homenageando José Roberto Ercolin imaginando que nesta
semana iria novamente seguir a sua rotina diária até os estúdios da rádio, cuja
fidelidade aos microfones, à verdade nas notícias, ao seu caráter e aos
diretores da emissora e colegas de trabalho seria lembrada para sempre. A
fatalidade o levou muito cedo. Ficou a saudade a notícia que ninguém gostaria
de dar. Vá em paz com o seu ídolo maior.
Acordar de madrugada. Ouvir
o galo cantar e pular da cama. Essa
rotina cabocla do trabalhador do campo e das pessoas que necessitam de tempo
para chegarem ao seu serviço, faz parte da rotina dos locutores do jornalismo
da Rádio Ipanema/Jovem Pan. O programa diário exige, em especial, de um dos
profissionais que conheço e admiro pela sua competência, um despertar na
escuridão da sua cidade de Porto Feliz. José Roberto Ercolin sempre foi um
apaixonado pelos microfones. Acredito até que está no seu DNA essa vocação de
falar, debater e ser polêmico. Não é filiado a nenhum partido, mas as suas
convicções políticas e opiniões nos temas tratados diariamente envolvem os
ouvintes que vivem enviando mensagens por WhatsApp. É Leitor de revistas de
atualidades semanais da política nacional e dos principais jornais do Brasil. Ercolin
transborda o coração quando fala da sua família, esposa Simone Maria Mazeto
Ercolim e as duas filhas, Anna Carolina e Anna Maria. Ele nasceu em Tietê e morou
na zona rural até os dois anos de idade. Com a mudança dos pais para Cerquilho,
fez seus estudos iniciais até os sete anos nessa cidade. Filho único, Ercolin
concluiu o curso ginasial na escola da Congregação das freiras “Filhas de São
José”, fundada em 1934. Posteriormente
os pais abriram negócio em Porto Feliz. Foi lá que a sua vida profissional
deslanchou até os momentos atuais em Sorocaba. Sua voz em tom musical o motivou a ingressar no
rádio apresentando um programa de MPB. Posteriormente entrou na área esportiva
em transmissão na Rádio Convenção de Itu, Sumaré, Rádio Brasil, em Campinas,
Jovem Pan, em São Paulo e, há mais de 25 anos na Rádio Ipanema. Como um
bandeirante das Monções de Porto Feliz, Ercolin desbrava a cada dia novos
horizontes, como o fez seus pais e filhas no estudo. Seu ídolo maior é Jesus
Cristo e, a maior alegria da sua vida, é estar com a família nos finais de
semana.
E neste último dia 13 de
março o inesperado enfarto, aos 58 anos de idade, o levou até quem ele sempre
acreditou. Com certeza a sua trajetória ao paraíso e encontro com o maior ídolo
aconteceu. Deixou a saudade de amigos, família e seus ouvintes matinais na
Rádio Ipanema e Jornal da Jovem Pan com Kiko Pagliato e participação do Gustavo
Ferrari, Rosana Pires e Pedro, na gestão do som que chegava a todos.
Dom Julio Endi Akamine,
arcebispo metropolitano de Sorocaba, enviou a todos da família do Ercolin e aos
colegas de trabalho na emissora, as suas orações e bênçãos neste momento de dor
e saudade.
Vanderlei Testa jornalista e publicitário escreve no
www.jornalipanema.com.br/opinioes
Vanderlei, não soube onde postar um agradecimento muito especial sobre uma matéria sua, porisso tomo a liberdade de postar aqui. Tudo o que você escreveu sobre o nosso saudoso e querido Cônego João Santucci eu assino dez vezes em baixo porque é a mais pura e cristalina verdade e eu sou testemunha disso. Eu era menino lá no Seminário Diocesano Nossa Senhora do Rosário de Lins e Cônego João Santucci era nosso "guia espiritual". Nunca esqueci da bondade, da doçura e da humildade daquele homem de Deus e, portanto, sua bela matéria sobre essa notável personalidade lhe fez justiça e me foi extremamente gratificante, pelo que lhe agradeço muito.
ResponderExcluirAtenciosamente, Laurides S. Macedo