As jabuticabas da Aurora e
Jasmim na casa dos avós
A jabuticaba tem fama de ser
uma fruta que faz bem à saúde. Intestinos e até colesterol estão na lista dos
efeitos benéficos dessas bolinhas pretas e doces. Os pés dessa fruta estão
presentes em todo o Brasil. Na casa de Maria Alice e Ivahy, fazem parte da
história da família Barcellos há 35 anos. Nesta semana o Ivahy fez a sua
colheita em baldes generosos de jabuticabas. Além de alegrar as suas netas
Aurora e Jasmim, as frutinhas servem para uma brincadeira que os anos nunca
apagam de suas lembranças. Aurora, menina com oito anos, embeleza com a irmã
Jasmim, cinco anos, o jardim florido da casa dos avós. Elas são como parte das
flores em delicadeza. As jabuticabas que Ivahy apanhou no pé se transformam em
festa às meninas. Com a criatividade do avô, ele traça um risco de distância de
uns dois metros do ponto de partida. Lá, Aurora e Jasmim degustam as
jabuticabas e sopram os pequenos carocinhos da fruta na maior distância que
conseguem. Uma espécie de competição e brincadeira entre os avós e elas, com
muita risada e descontração. Os pássaros cantam nos galhos das árvores, os
perfumes das flores dão o toque inesquecível de aroma ao ambiente e a sombra
das jabuticabeiras acolhe todos em harmonia com a natureza. Um cenário de livro
de contos de fadas infantis que se transforma em realidade. O avô Ivahy é
produtor gráfico e elabora com criatividade as obras de centenas de autores em
páginas coloridas. A avó Maria Alice, professora e artista plástica, sensível
aos pincéis, artesã e criativa, faz a arte se transformar em paixão visual aos
nossos olhos. O seu lar é um paraíso em detalhes, do portão de entrada aos
cômodos e quintal enobrecido pela vida e natureza.
Essas qualidades dos avós vêm
sendo transmitida às netas no transcorrer dos anos. Aurora, a netinha com os
seus oito aninhos já escreveu um livrinho infantil e fez as ilustrações. A sua
historinha que ela colocou o título ”Dia e Noite”, relata com ingenuidade
infantil a vida de uma menininha chamada Dia que casou com a Tarde e teve uma
filhinha mulatinha chamada Noite. É a imaginação pura de uma criança, escrita
em folhas de papel no ateliê da avó. Desde pequenas elas são educadas em usar o
tempo com arte e cultura. Usam os pincéis e instrumentos de criação em lápis de
cor, papéis e telas. Certamente os frutos já estão sendo colhidos em sabedoria
artística, que substitui o uso descontrolado do celular em jogos e passatempos
desnecessários para as crianças. O exercitar arte puramente manual, além do
desenvolvimento cerebral, traz sensibilidade no olhar e expressão radiante
estimulada pela avó Maria Alice e compartilhada por Ivahy.
Tenho a alegria de conviver
com Maria Alice e Ivahy há décadas. Compartilho
esta história de suas vidas em família, como uma homenagem ao mês de outubro
que está começando e, ao Dia das Crianças que celebramos no dia 12.
Fotos: Jabuticabeiras da
casa de Maria Alice e Ivahy
Vanderlei Testa escreve aos
sábados no Jornal Ipanema e em suas redes sociais. Contato: artigovanderleitesta@gmail.com
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