18 de Fevereiro é o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo

 


 

Mundialmente, 237 milhões de homens e 46 milhões de mulheres com transtornos relacionados ao consumo de álcool. 

 

18 de Fevereiro é o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo

 

Mundialmente, cerca de 237 milhões de homens e 46 milhões de mulheres sofrem com transtornos relacionados ao alto consumo de álcool. Além de prejudicial à saúde, o abuso pode trazer danos à família e amigos e provocar perdas econômicas e sociais. O consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode trazer graves prejuízos à saúde, desde doenças mentais, câncer, problemas no fígado e no coração, até os provocados por acidentes graves ou violência física, contra si ou outras pessoas. Dados da OMS alertam para a não existência de uma quantidade segura de álcool a ser consumida, pois se trata de uma substância tóxica ao organismo humano. Conscientizar a população sobre os riscos do alcoolismo é uma questão de saúde pública. Foi assim que o dia 18 de fevereiro foi instituído como o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo.

No Brasil a cada mês é promovida uma campanha de orientação e conscientização social. Em fevereiro o apelo é a cor vermelha. E o tema é: “O alcoolismo é uma doença séria e tem tratamento”, informou Maria Auxiliadora Dias de Oliveira, uma amiga que trabalha no ramo da indústria farmacêutica e é incentivadora da campanha. Penso que é difícil aceitar ajuda quando a pessoa não se reconhece alcoólatra. Em cada lar que passa por esse trauma com pais, mães e filhos, as histórias de vida machucam aqueles que estão fora desse convívio. Tenho amigos alcoólatras. Entendo que beber socialmente bebidas como cerveja e vinho, é um hábito comum no Brasil. O número de barzinhos em Sorocaba para encontros de amigos e paqueras de finais de semana aumentam significativamente a cada ano. Nestes dois anos de pandemia, desde fevereiro de 2020, passamos por crises de fechamento de bares e restaurantes. Houve então um maior consumo de compras de bebidas em supermercados e o uso das bebidas em casa certamente aumentou.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomendou que os governos limitassem a venda de bebidas durante a pandemia. . Em artigo publicado no site da entidade OMS, o álcool, o tabaco e outras drogas são chamados de estratégias inúteis para o enfrentamento do isolamento.

Pai desempregado dentro de casa em pouco tempo desabafa no copo de vidro com a bebida que engana a depressão e leva ao estado de euforia. Uma alegria momentânea se transforma em irritação, agressividade e ofensas. Nunca houve tanta agressão às mulheres como agora, diz uma amiga policial. O feminicídio é um alerta das notícias revoltantes mais citadas nos telejornais. E a bebida vem junto de cada caso no seu histórico de violência doméstica.

O dependente químico precisa de ajuda da família. Como diz a campanha, os familiares e amigos que buscam entender o alcoolismo como uma questão de saúde mental que necessita de cuidados especiais, tem maior probabilidade de prestar o acolhimento emocional adequado ao dependente. Estas pessoas se tornam fundamentais no processo de tratamento do alcoolista.

Eu tive parentes jovens que morreram devido ao alcoolismo. O meu tio era alcoólatra. Minha tia e filhos passaram por momentos tristes em função dessa doença. Um dos filhos com a revolta de viver em casa com a agressividade do pai acabou por assumir o uso de bebidas. Morreram sem darem chances de receberem ajuda. Convivi também com famílias que tiveram a graça divina de serem acolhidos em centros de recuperação como o IAA- Irmandade dos Alcoólicos Anônimos. A Fazenda da Esperança foi constituída para receber pessoas dependentes. Ouvi vários testemunhos de jovens que superaram o vício e a doença pela partilha comum dos participantes. Eles contam as suas histórias e como chegaram a dependência química. E unidos na fé e orientação profissional dos médicos acabam deixando para trás a dependência.

Familiares e amigos também podem ajudar neste momento, sobretudo buscando orientações para quem esteja com problemas com o álcool. No site do A.A. há informações sobre como participar das reuniões on-line.

 

 

Dicas importantes para os leitores. Quando o consumo de álcool deixa de ser “social” e se torna uma doença. Vale a pensa refletir nesses tópicos, diz Maria Auxiliadora que divulga o folheto da campanha com essas orientações.

Forte desejo ou senso de compulsão para consumir a substância alcoólica; Dificuldades em controlar o comportamento ao consumir a substância; Estado de abstinência fisiológica, quando o da bebida alcóolica cessou ou foi reduzido; Evidência de tolerância, de tal forma que doses crescentes da substância são requeridas para alcançar efeitos originalmente produzidos por doses mais baixas; Em muitos casos, o dependente químico não procura ajuda médica sozinha. Na maioria das vezes, esse passo é dado por alguém próximo a ele, um amigo ou familiar. E, quando isso acontece, normalmente é porque o vício se tornou um obstáculo na vida desse paciente e ele já não consegue seguir com a sua rotina normalmente.

O vício em qualquer substância química incide sobre aqueles que convivem diretamente com o dependente. Os familiares mais próximos se tornam codependentes, ou seja, os problemas acabam por incidir também sobre aqueles que convivem diretamente com o dependente, causando sofrimento em todas as pessoas do círculo pessoal do alcoolista. Os amigos e familiares que buscam entender o alcoolismo como uma questão de saúde mental que necessita de cuidados especiais, têm maior probabilidade de prestar o acolhimento emocional adequado ao dependente. Essas pessoas se tornam fundamentais no processo de tratamento do alcoolista.  Abandono progressivo de prazeres e interesses, em favor do uso do álcool, aumento da quantidade de tempo necessária para obter ou ingerir a substância, assim como para se recuperar de seus efeitos; Persistência no uso do álcool, mesmo sabendo das consequências graves e nocivas.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em todo o mundo, o uso nocivo do álcool é responsável por 3 milhões de mortes por ano.

 

 

Foto: Maria Auxiliadora e a fita vermelha da campanha

 

Vanderlei Testa (artigovanderleitesta@gmail.com) Jornalista e Publicitário escreve no www.jornalipanema.com.br e mídias sociais

 

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