Edgard Steffen e suas sábias
palavras
A ausência dos artigos aos sábados do amigo Edgard Steffen deixa um
vazio em nossa leitura semanal no jornal. A Covid-19 foi a responsável pelo seu
afastamento temporário. Sei que ele lê os meus artigos e quero hoje mandar com
toda a minha fé e esperança, as orações pela sua recuperação e breve retorno.
Os leitores estão com saudades das suas sábias palavras e das lições de vida
que nos ensinam a sermos perseverantes, como você, Edgard, com os seus 91 anos
de idade. Sua riqueza cultural, amizade, luz divina que o acompanha, precisam
voltar a se fazer presente nos seus artigos. Sinta-se entusiasmado e com
energia redobrada para essa missão que Deus lhe deu de ser um canal de
comunicação do bem. Volta logo Edgard!
“O Anjinho do Pé Torto e outras histórias” e o livro “O Picolé
Milagroso, crônicas escolhidas” são dois frutos da sabedoria do escritor Edgard
Steffen que a população de Sorocaba teve a alegria de receber nas estantes das
livrarias para aquisição. Edgard Steffen é natural de Indaiatuba. SP, de onde
veio para estudar medicina em Sorocaba.
Edgard, além de médico pediatra é um escritor nato e, em suas palavras,
brotam as sementes de sua experiência de vida e profissional competente, onde
já atendeu em 65 anos de médico, milhares de crianças. Fomos companheiros no
Rotary Clube e, desde o nascimento de meus sobrinhos há 44 anos, ele como
médico pediatra acompanhou a infância dos gêmeos Claudio e Fernando Camargo
Mathiazzi. Já o nascimento do bebê
Edgard Steffen foi dia 23 de janeiro de 1931, trazendo com o seu dom da vida a
alegria ao lar de seus pais Christiano Steffen e Augusta Maria Magnusson. A esposa
Adélia, professora, estudante do Estadão e formada na Faculdade de Filosofia
Ciências e Letras de Sorocaba se destacou como diretora e supervisora escolar.
Seus anos de vida transmitem tanta vitalidade, energia e fé que irradia ao
marido e aos filhos, netos e amigos. Na rede social, em sua página no Facebook
tomou a iniciativa de criar uma documentação fotográfica e genealógica com as
gerações da sua família, desde o final do século 18, há mais de 120 anos. Seu
irmão, o saudoso Sergio Monteiro de Barros foi um amigo especial na minha
trajetória rotariana. Destaco também a Vera e o Bayard Nóbrega de Almeida, da
família de Adélia e Edgard, cujos pais e descendentes de Hortência e Quinzinho
faziam com os pais do Bayard, no inicio das viagens de avião no Brasil,
passeios pelas poucas cidades que tinham aeroporto para receber esse meio de
transporte aéreo em turismo.
As raízes das famílias de Adélia Hortência Moura de Barros Steffen e
Edgard Steffen são verdadeiras árvores e páginas da cultura sorocabana e
principalmente de sua história de desenvolvimento. Eles têm raízes tão
profundas na história de Sorocaba que são comparadas as árvores que são
plantadas há séculos na floresta amazônica e nunca param de crescer e
florescer. Entre as cinco maiores árvores brasileiras já registradas:
Sumaúma (Ceiba pentadra) é uma delas. Também é conhecida como “Telefone de
Índio”. Imagino que os índios sobem nessa árvore para se comunicar com outras
tribos.
O médico Edgard Steffen é um graduado em 1954 das primeiras turmas da
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo- Campus em Sorocaba. Ele já
completou 64 anos de casado com a Adélia, filha de Maria Arruda Moura de Barros
e Joaquim Prestes de Barros, Eles têm quatro filhos. O Edgard
Steffen Junior, Eduardo Barros Steffen, Patricia Augusta Barros Steffen e Edson
Barros Steffen. Conheço
a família Prestes de Barros e suas gerações desde a minha infância, quando
nasci em casa ao lado da residência de Ida e Zézinho Prestes de Barros, ele,
filho do Quinzinho de Barros e Hortência, tendo ainda como irmãos o
Emerenciano, Gregório e Joaquim. Em uma
das fotos que vi na rede social da Adélia, os filhos e familiares do “seu
Zézinho “e dona Ida, encontrei na imagem, o último à esquerda da fileira de
garotos, o meu irmão Darci com seus 10 anos de idade, como amigo inseparável da
casa com varanda da rua Santa Maria. Isso lá na década de 40.
E se uma frase descrevesse o casal Adélia e Edgard, escolheríamos o
versículo bíblico sobre alguém que se agrada dos princípios de retidão e os
aplica em sua vida, como diz o salmista: “Ele há de tornar-se qual árvore
plantada junto a correntes de água, que dá seu fruto na sua estação e cuja
folhagem não murcha, e tudo o que ele fizer será bem sucedido.” (Salmo 1:1-3) “
Como o comparativo da árvore que fizemos neste artigo, afirmo que as
árvores mais altas da floresta costumam crescer juntas, apoiando-se umas nas
outras, com as raízes se entrelaçando, tornando-se mais resistentes e fortes.
Adélia e Edgard são assim desde 23 de dezembro de 1957 quando deram o sim um ao
outro, no matrimônio. Resistiram como as árvores a temporais e, na fé, são
felizes como uma família que soube entrelaçar as raízes da vida no amor
conjugal e familiar em uma história emocionante. Nas palavras da Daniele
Steffen Passaro o amor e emoção pelos escritos e emoções que sente a cada
sábado ao ler as crônicas do avô Edgard: “São décadas de ensinamentos,
aprendizados, muitos sorrisos, conquistas, amor e uma família enorme e
maravilhosa que é apaixonada por você vovô. Que Deus continue te abençoando com
muita saúde”. A filha Patricia Steffen
declara ao pai a gratidão pela sua lucidez, equilíbrio e sabedoria em seus 91
anos de vida. Encerro com uma declaração que o doutor Edgard Steffen concedeu a
Sociedade Médica de Sorocaba: “Temos que ser absolutamente humanos e dedicados
aos doentes. O paciente não é um número ou uma estatística. É um João ou uma
Maria, que tem os problemas, sentimentos e as crenças que você também tem”.
Volta logo doutor Edgar Steffen!
Arte VT: fotos rede social/arquivo Cruzeiro do Sul
Vanderlei Testa (artigovanderleitesta@gmail.com) Jornalista e Publicitário
escreve às terças-feiras no jornal Cruzeiro do Sul
Comentários
Postar um comentário