Café da manhã na casa da Seide e Rogério

 Café da manhã dos domingos na casa da Seide e Rogério 




A experiência de estar tomando o café da manhã aos domingos na casa da Seide e Rogério, após participar da celebração da missa na Igreja do Divino Espírito Santo, no jardim Saira, jamais será esquecida. Há anos fazíamos essa parada gostosa para saborear os pães de queijo quentinhos preparados pela Seide e o pão francês que o Rogério ia comprar especialmente para nós. Há, que saudade de nossas prosas na mesa. Durante uma hora havia sorrisos, afeto das irmãs Seide e Claudete, presença e latidos dos cachorrinhos, campainha apertada com a visita do irmão Claudinei, e lá no começo, da Clarisse. Fiz foto de todos juntos. 
Mesa farta e histórias de vida partilhada. Otimismo para as curas das enfermidades pela idade, projetos e sonhos de consumo, alegria da presença da neta Bia e a gravidez da Renata. A vinda de Tatuí da Maira e Mauro para preparar pastéis. Logo seríamos uma família ampliada com a vinda da Isabela. Comidinha espalhada no prato e carrinho com os legumes devorados pela Isa. As vezes chegava de improviso a Camila e o papo aumentava o volume com os sorrisos. Ah, que saudade disso tudo. 
Em maio de 2021, como num filme maluco de ilusões, acabou tudo. Os personagens do enredo, verdadeiras participantes Seide e Renata, partiram sem dizer tchau. Sem dar um abraço de despedida, sem nos olharmos como irmãos em Cristo. Sobrinha e cunhada de vida real, foram sem prévio aviso com os seus anjos da guarda. Aqui ficaram Maíra, a irmã ferida pela dor da separação, Rogério pela perda da esposa e filha, com o coração despedaçado, a família inteira e amigos, sem palavras. As lágrimas do adeus permanecem na alma de cada um, com a certeza de que o Senhor da vida, as acolheu junto a sua mãe Maria no céu. 
Neste 27 de maio, mês que se finda dedicado às mães, mulheres e à Nossa Senhora, rogamos em preces por elas e por todas as mães e filhas e filhos que partiram nesta pandemia traiçoeira levando vidas preciosas como a Seide e Renata.
Com o carinho de sempre, Vande

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