Em janeiro, Papa Francisco faz apelo aos educadores para ajudarem os jovens mais vulneráveis
O papa Francisco divulgou dia
10 de janeiro um vídeo com uma mensagem dirigida aos educadores de todo mundo
pedindo um novo conteúdo ao seu ensino— A Fraternidade. Segundo Francisco, a
educação é um ato de amor que ilumina o caminho para que recuperemos o sentido
da fraternidade para que não ignoremos os mais vulneráveis. O educador é uma
testemunha que não oferece os seus conhecimentos mentais, mas as suas
convicções, o seu compromisso com a vida. É alguém que sabe manusear bem as
três linguagens--- a da cabeça, a do coração e a das mãos, em harmonia. E daí a
alegria de comunicar. E, eles serão ouvidos com muito mais atenção e serão
criadores de comunidades. Por quê? Porque estão semeando este testemunho.
Oremos para que os educadores sejam testemunhas credíveis, ensinando a
fraternidade em vez da competição e ajudando especialmente os jovens mais
vulneráveis. O vídeo está disponível no Canal YouTube, diz dom Júlio Endi Akamine,
arcebispo metropolitano, bastando apenas acessar o www.youtu.be/OtJPG3B5JTc .
Volto no tempo em meu curso
primário no Grupo Escolar Senador Vergueiro. Um ano antes na pré-escola, com
cinco anos de idade, participei com um grupo de alunos da professora Maria
Cecília dos primeiros ensinamentos de educação. Ela orientava desde a
necessidade de escovação de dentes até o respeito que devíamos ter com os pais,
irmãos e coleguinhas de classe. Em décadas de vida frequentando escolas e
vivendo com os mais diversos tipos de educadores, entendo o que o papa
Francisco pretende com a sua mensagem de reflexão sobre educação, um ato de
amor que ilumina o caminho para recuperar o sentido da fraternidade. Penso nas
comunidades de escoteiros, crianças e jovens que aprendem a viver a
fraternidade humana, respeitando as pessoas de todas as idades. Quando assisto
reportagens, em casos de atentados nas escolas, com estudantes ferindo e
matando colegas e professores, sinto uma ‘dor na alma’ em pensar que a amizade
e o amor cederam lugar ao ódio e revolta. Os professores se dedicam anos em
estudos, estágios, aperfeiçoamento, se entregam à missão como educadores em
formar gerações de homens e mulheres do bem, solidários e fraternos. Todos os
profissionais de sucesso trazem em suas vidas uma educação que jamais será
esquecida por eles, com o sentimento de gratidão pelos ensinamentos recebidos
nos bancos escolares e na família.
Atualmente, ou há vários
anos deste século 21, o “bullings” escolar se faz presente em salas de aula.
Infelizmente, essa anomalia da sociedade moderna em julgar as pessoas por seu
peso, aparência, jeito de ser ou estado social e físico, acaba por gerar
preconceitos e discriminação. Os educadores são treinados a enfrentarem essas
adversidades humanas. Cabe aos pais educarem os filhos em casa, dialogando e
ensinando o valor de respeito ao próximo. Cabe aos educadores serem, como o
papa Francisco afirmou: ---- ensinar a
fraternidade em vez da competição e ajudando especialmente os jovens mais
vulneráveis.
O
Vídeo do Papa Francisco
O vídeo
do Papa deste
mês, que começa com a palavra fraternidade, escrita numa lousa como se fosse um
tema didático, acompanha a reflexão de Francisco com
a narração de uma história ambientada em uma escola. Um menino, deixado de lado
por seus colegas durante as partidas de futebol, permanece sozinho num canto
até que um professor, percebendo seu desconforto, decide cuidar dele. Ele o faz
não com palavras, mas com o testemunho de sua vida: ele fica com ele, dia após
dia, e com carinho e perseverança ele o ensina a brincar. Até que, numa manhã,
ele o encontra com aqueles mesmos colegas que antes o haviam marginalizado: ele
está brincando com eles e, quando marca seu primeiro gol, ele o dedica ao
professor, a testemunha confiável que o ajudou.
A educação é um ato de amor que ilumina o
caminho para que recuperemos o entendimento da fraternidade, para que não
ignoremos os mais vulneráveis.
Para o Papa, "o educador é uma testemunha que não oferece
os seus conhecimentos mentais, mas as suas convicções, o seu compromisso com a
vida".
É alguém que sabe manusear bem três
linguagens: a da cabeça, a do coração e a das mãos, em harmonia. E daí a
alegria de comunicar. E eles serão ouvidos com muito mais atenção e serão
criadores de comunidade. Por quê? Porque estão semeando este testemunho.
Segundo o diretor internacional
da Rede Mundial de Oração do Papa, pe. Frédéric
Fornos,
"novamente, diante dos desafios do mundo, o Papa Francisco insiste mais uma vez na fraternidade.
É a bússola de sua Encíclica Fratelli tutti. É o único caminho para a humanidade,
e é por isso que a educação é essencial".
Vanderlei Testa (artigovanderleitesta@gmail.com)
Jornalista e Publicitário
Escreve aos sábados no Jornal Ipanema e às terças no Jornal Cruzeiro do Sul
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