O avanço dos Coworking em Sorocaba

 


Claudio Hammann



O avanço dos Coworking em Sorocaba

O pós-pandemia do Covid-19 mudou a vida de muitos profissionais, especialmente aqueles que iniciaram os seus trabalhos no sistema home-office – serviço realizado em casa ou em ambiente escolhido pelo funcionário – para execução de suas atividades rotineiras e administrativas. Esse panorama mundial encontrou no Brasil e, em específico na cidade de Sorocaba, iniciativas de abertura de empresas de Coworking. Esse nome, em inglês, traz muitas interpretações, além da original “Estação de Trabalho”, segundo as traduções das redes sociais: “O coworking, ou trabalho compartilhado, surgiu para suprir a necessidade de muitos empreendedores e trouxe várias vantagens.” A principal é que você pode focar totalmente nos seus objetivos. “O coworking é um espaço físico que pode ser compartilhado por empresas, profissionais liberais e freelances”, disse Claudio Hammann.

Cláudio Hammann é sócio da “Inoffice Ramires”, coworking instalado numa área de mil metros quadrados de um imóvel, em Santa Rosália, na Rua Capitão Luiz Baddini, 181. Além do investimento em móveis ergonômicos, a empresa possui uma infraestrutura planejada para atender, no mesmo local, mais de 20 escritórios diferentes em suas atividades. São 36 empresas de Coworking, em Sorocaba, cada uma com a sua montagem específica para atender a esse público alvo. Nesse contexto, muitos buscam um espaço físico fora de casa; há, também, aqueles que necessitam ter um ambiente personalizado e com um novo patamar de atendimento. Luciano Kenzo tem seis unidades de Coworking, no Mato Grosso do Sul, e continua expandindo as suas empresas com uma metodologia profissional que impacta pelo design e organização. Ele também participa da ‘Inoffice Ramires’, em Sorocaba, como um dos sócios em expertise no negócio.

Tenho visitado alguns desses locais para entender melhor o funcionamento dos coworking, e fico impressionado com a qualidade dos principais escritórios dessa natureza que são compartilhados pelos profissionais. Um que me chamou a atenção é a instalação de estúdio de gravação de podcast com total infraestrutura do diretor do “StudioCorp”. Renato Ribeiro, administrador, mostrou as suas instalações que atende a vários canais de “podcast” de personalidades sorocabanas.  

As estatísticas de aluguel de salas de escritório, no Brasil, apontam para um crescimento da ordem de 216% no primeiro trimestre de 2023. São mais de 1.600 unidades de empresas coworking, no País, atraindo centenas de escritórios que usufruem da seguinte infraestrutura: recepção, copa completa, telefonia, internet de alta velocidade, limpeza, iluminação e água. No entanto, nota-se uma mudança de paradigma na concepção nesse tipo de negócio. Ou seja, aqueles escritórios tradicionais, de antes, com vários andares, que envolviam a preocupação com estacionamento, além de uma grande equipe de colaboradores, hoje, prioriza-se a redução de custos, com espaços otimizados, e a conquista de benefícios.  

O que considero curioso na atividade do Coworking é a sua presença nos lugares mais inusitados. Um exemplo é a “Arena Neoquímica- Corinthians”, em São Paulo, chamado “Coworking Fiel”. Dentro do estádio, os empreendedores encontram salas corporativas, para trabalhar dentro do espaço do seu time. Essa tendência, com certeza, levará (em breve) novos visionários do esporte nacional que encontrarão espaços inusitados para que possam montar seus Coworking.  

Vanderlei Testa

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